quarta-feira, 4 de maio de 2011

DNA - Kasso – Walkman DNA#3


O genoma da música eletrônica está impregnado de italo-disco. O termo é solto: serve para classificar produções italianas eletrônicas da primeira metade dos anos 80 que podem vir em mil tonalidades. Algumas são mais bagaceiras, outras quase industriais, umas trazem refrões pop, outras são instrumentais viajantes.

O som italiano dessa época é fundamental para entender o começo da house e do techno: discos de caras como Alexander Robotnick, Gaz Nevada e Klein & MBO estavam entre os favoritos dos DJs de Chicago e Detroit.

A old school italiana é destaque hoje também: na onda nu disco, inspiração para artistas como Bottin, Metro Area e Rodion; e no indie-pop sintético de nomes como Crystal Castles, Glass Candy e Chromatics.

CLAUDIO SIMONETTI

Voltando aos tempos dourados do italo-disco, quero falar dum cara chamada Claudio Simonetti. Ele é brasileiro, nascido em São Paulo, em 1952. Simonetti estudou música em Roma e ficou morando na Itália.

Nos anos 70, foi tecladista da importante banda progressiva Goblin, conhecida por suas trilhas para o mestre do terror italiano Dario Argento, como Suspiria e Profondo Rosso (Prelúdio Para Matar).

A partir da virada da década de 80, Simonetti assinou uma série de hits para pista de dança em diversos projetos. Ao lado de Giancarlo Meo, rolaram alguns dos mais conhecidos: a disco-pop do Easy Going, a electro-disco do Capricorn e a elegância jazzy latina do Kasso.

“Walkman”, desse último projeto, foi uma das que mais fez barulho, com seu tecladinho cheio de malandragem (no lado B do single, Simonetti homenageia seu país-natal com “Brazilian Dancer”).

Quer ouvir num contexto perfeito? Está no Essential Mix que Greg Wilson fez para a BBC ano passado.

Mas ouça sozinha primeiro:

Kasso – Walkman

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